Minibiografia: Escritora do silêncio e dos abismos; vinculada à melancolia e solidão, amante dos ínfimos enlevos. Psicóloga com abordagem fenomenológica-existencial.

Autobiografia poética: No silêncio da existência eu habito e por ele reconheço os abismos do existir, os quais me vinculo; a melancolia faz-me sensível à vida enquanto torno-me o que sou pelo labirinto do autoconhecimento onde a solidão é fundamento, o fundamento preciso para a busca da compreensão de toda a infinidade misteriosa do mundo. Sou Escritora e me abrigo sob a Poesia enquanto me inclino à Filosofia, sempre e cada vez mais. Sobre os ínfimos enlevos? Alegrias pequenas, como longínquos esplendores na escuridão do universo, tal como o observar e admirar da natureza, ela que me afasta do fardo de minha humanidade e ensina à minha consciência o equilíbrio. Os ínfimos enlevos, por fim, envolvem-me e impedem-me do declínio à insanidade, pois que estar viva, para mim, é profundamente enlouquecedor. Sou, em suma, demasiado humana, sou um ninho de complexidade desde 1994 — quando eu nasci em 28 de agosto.

Minha formação acadêmica em Psicologia, na abordagem fenomenológica-existencial, é uma pequena parte da totalidade de mim, e a mais importante, pois me revela diariamente que quanto mais eu aprendo, mais sou ignorante. A ênfase que dou à fenomenologia-existencial não é pela beleza das palavras, minha conexão com essa filosofia trouxe-me até aqui, apesar de tudo, conseguiu resgatar o meu sentido e a minha paixão pelo silêncio, pelos abismos, pela solidão, pela melancolia e pelos ínfimos enlevos. Eu reconheço que tenho uma aura sombria, saudosista e, por vezes, romântica; uma inocência da juventude contornada por uma profunda consciência do vazio, o qual proporciona disparos contínuos de dúvidas à minha mente. Reconheço, igualmente, que essa aura me traduz no tempo e que, na atemporalidade, ela se torna rarefeita e tudo o que sobra de mim é a inofensiva intenção genuína de encontrar-me. Encontrar-me no oceano de tudo aquilo que sou.

Minha Escrita é um espelho de tudo isso, seja qual for a sua forma de expressão; minha arte é um espelho de tudo isso, seja qual for a sua forma de manifestação. E eu tenho somente uma única expectativa para minha vida: ser conhecida e reconhecida como Escritora — e apenas isso.