Voltei a sonhar com fantásticas paisagens, não entendo o porquê. É a segunda vez após tantos anos, muitas belíssimas nuvens n’um horizonte de cores em perfeito dégradé, além do brilho singelo e natural… Montanhas longínquas, fascinação… quem me dera ser capaz de descrever cada detalhe. Tudo mudou radicalmente nas últimas duas semanas, tudo! E se revela, desvela, outra vez à minha frente, toda a metamorfose da vida. A gente nunca sabe o que vem por aí, tampouco o que espera de nós o acaso do destino que, de certo modo, moldamos com nossas mais ínfimas decisões. Ocupar o lugar que temos como protagonista de nossa história não é algo fácil, jamais fora ensinado para a maior parte das pessoas d’este mundo. Sorte daqueles que souberam disso desde a infância. Normalmente, infelizmente, as pessoas consomem a vida sem se impor sobre ela e esperam o milagre de algum deus sem serem capazes de notar que o milagre já se faz a cada segundo; o singelo voo de uma borboleta pode modificar profundamente toda a eternidade.
21 de janeiro de 2021