Tardo Ao Horizonte
Árduo o intento à ciência é-me
Pois que a ânsia pulsa insana
Onde pendo o meu nirvana
Não tocado em tez estreme;
Vejo, desce gélida ao nimbo
Toda angústia tão covarde
Marca minha carne tarde
Quand'o sol poente é exício;
Dói-me, ó verdade fria!
Cá fadada à cruel tristina
Tal dilúvio jaz-me lívido,
Culpa à maciça cruz selada
N'este dorso nu, apoiada
Desd'o vir-a-ser prescrito.
Sara Melissa de Azevedo
Enviado por Sara Melissa de Azevedo em 28/12/2018
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