Modernidade
Bem longe no horizonte está minha alma
Sozinha vê todo este pranto ardente
Que transparente desce ao rosto quente
E ecoa langor triste à flora e fauna;
O mundo não é mesmo como outrora
Nos sonhos de um talvez tanto ideal
No fim nos cobre em máscara vital
Que feita de mentiras nunca chora;
Tomamos nos cristais o vinho-escárnio
Jurando amores ao morto licórnio
À sombra d'uma infância sepultada
Caímos ébrios sobre nossa inglória
Uivando o que por dentro traz memória
Da amarga solidão fundamentada.
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